Esta semana, em nossa série Fotografia e Arquitetura, apresentamos o trabalho do fotógrafo japonês Yoshihiro Koitani.
Yoshihiro iniciou na fotografia como muitos, de forma espontânea, retratando imagens e vivências de viagens com um desejo inegável de descobrir e conhecer. Embora seja japonês, reside no México e tem fotografado vários projetos da arquitetura mexicana.
A seguir, conheceremos mais sobre Yoshihiro em uma entrevista exclusiva e uma seleção de suas melhores imagens.
1. Quando e como você começou a fotografar arquitetura?
Tudo começou com uma viagem em excursão. Vários colegas estrangeiros viajamos em 20 cavalos desde Costa Rica até Veracruz, México. Durante um ano e meio vivi como nômade, de forma autossuficiente, rodeado de natureza e sem consumismos. Neste entorno vivemos sem gás, eletricidade, além de construir tendas, de estilo nativo americano.
Durante esse tempo, documentei diariamente com fotografias a vida que levamos durante a viagem, o modo de vida das comunidades e a trajetória da cavalgada. Posteriormente decidi viver na cidade de México. Depois desta experiência, regressar à cidade e ver este monstro de concreto foi surpreendente!
Era algo totalmente diferente de tudo que vivi na natureza. Foi confrontar-me com a civilização e a arquitetura como sua representação. Isso é o que significa até hoje para mim. Aí surgiu meu diálogo contínuo com a arquitetura, através de descobrir, conhecer nosso caminho entre a necessidade e o humanismo.
2. Você é arquiteto?
Não. Mas este ano começarei a trabalhar como arquiteto.
3. Por que gosta de fotografar arquitetura?
Porque existe um diálogo contínuo entre a arquitetura e eu mesmo. Através de minha câmera posso descobrir, comunicar e encontrar quem é a arquitetura. Um interior ou exterior comunica. Te fala, te faz pensar até onde te leva, algumas vezes facilmente e outras não. Mas é neste espaço que a fica transcorre. Acredito que a arquitetura é a criação mais essencial da vida humana.
4. Arquiteto favorito?
Desde minha visão como fotógrafo, um projeto pode agradar-me algumas vezes e outras não. O que encontro como resultado pode ser muito distinto ao que fotografo. O que implica que o favoritismo é de pouca relevância.
5. Obra favorita?
Biblioteca Vasconcelos na Cidade do México.
6. Como você trabalha? (independente? com revistas, arquitetos? viagens?)
Depende do projeto. Às vezes acho que sou um fotógrafo e que não estou trabalhando. A única coisa que passa pela minha mente é o fato de que eu estou fazendo o que eu amo.
7. Que equipamentos e softwares você usa?
Só sei que não sei. Isso importa?